2 de Julho: Expulsão de portugueses na Bahia consolidou unidade nacional há 200 anos

 


O amanhecer de 2 de julho de 1823 apontava para um dia de sol, sem nuvens nos céus, mesmo em meio a um dos chuvosos invernos de Salvador. Ainda na madrugada, sob um céu limpo, zarparam da baía de Todos-os-Santos 83 navios levando 4.520 oficiais, soldados, praças e marinheiros portugueses.

Eram liderados pelo general Inácio Luís Madeira de Melo, então governador das armas da província da Bahia e líder das tropas portuguesas, apelidado pelos baianos de “malvado Madeira”.

Mesmo depois de semanas de negociações com promessas de rendição pacífica, Madeira de Melo decidiu não capitular e retirou as suas tropas da capital baiana com a esperança de reorganizar a resistência lusa à Independência do Brasil.

Mas já era tarde. A expulsão dos portugueses da Bahia, que completa 200 anos neste domingo (2), se consolidou como principal marco da construção da unidade nacional pós Independência em um Brasil ainda fragmentado e com um território continental.


Alguns nomes não podem ser esquecidos quando se fala da independência do Brasil na Bahia. Nomes como: Joana Angélica, Maria Quitéria, Maria Felipa, João das Botas, Lorde Cochrane, Encourados do Pedrão, Barão de Pirajá, o Caboclo e a Cabocla, general Labatut... não faltam nomes na cabeça quando o assunto é Independência do Brasil na Bahia. Personagens simbólicos que ao longo dos anos passaram a figurar como ícones no imaginário baiano.

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