Aliados do governador Jerônimo Rodrigues (PT), em praticamente todos os partidos, avaliaram reservadamente que a decisão do presidente da Conder, José Trindade (PSB), de tirar o nome da disputa eleitoral em Salvador, anunciada mais cedo, pode favorecer o vice-governador Geraldo Júnior (MDB). A leitura é que o emedebista ganhou fôlego alguns dias após perder o apoio do principal aliado na capital, o presidente da Câmara de Vereadores, Carlos Muniz (PSDB), que declarou caminhar com a reeleição do prefeito Bruno Reis (União).
Sete lideranças de partidos aliados, incluindo siglas que têm nomes postos na disputa pela preferência do governador e da base para ocupar a cabeça da chapa na capital. Desse total, seis disseram acreditar que Geraldo Júnior ganhou força às vésperas da primeira reunião do conselho político agendada por Jerônimo para tratar das eleições municipais, que acontece na manhã deste sábado (02), no Centro Administrativo da Bahia (CAB).
Há quem acredite, inclusive, que o PT deve desistir da pré-candidatura do deputado estadual Robinson Almeida, estimulada pelo senador Jaques Wagner também como forma de minar os planos eleitorais de Trindade, que tinha a preferência do ministro da Casa Civil, Rui Costa, enfraquecido no processo. O MDB, que não apostava numa candidatura do vice-governador, contaria com a simpatia de Wagner e agora planeja ter um nome petista numa eventual chapa liderada por Geraldo Júnior.
A maior resistência ao nome do vice-governador está dentro do PT, pois uma ala do partido pretende defender até o limite a tese da candidatura própria, com o discurso de que o nome tem que ser do partido do governador e do presidente Lula (PT). Mas essa barreira estaria longe de ser intransponível.
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