As mobilizações organizadas por frentes de esquerda no domingo (21) registraram maior engajamento nas redes sociais do que as manifestações da direita realizadas no 7 de Setembro, segundo a Folha de S. Paulo, que acompanhou o monitoramento feito pela empresa de análise digital Palver em mais de 100 mil grupos públicos de WhatsApp.
A mobilização da esquerda começou logo após duas votações polêmicas na Câmara dos Deputados: a aprovação da chamada PEC da Blindagem, que exige autorização do Congresso para que parlamentares sejam investigados e o requerimento de urgência para a anistia aos condenados pela tentativa de golpe de 8 de janeiro. A aprovação da PEC contou com o apoio de oito deputados do PT, contrariando a orientação da bancada e gerando forte repercussão negativa.
O impulso das redes sociais
A partir de 18 de setembro, convocações começaram a circular de forma intensa no WhatsApp. O anúncio de apresentações de Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil no ato do Rio de Janeiro ampliou a adesão, transformando a mobilização em um fenômeno digital. Até as 18h do dia 21, a participação nos grupos públicos superava a registrada durante os atos bolsonaristas de 7 de setembro.
Os números mostram que, a cada 100 mil mensagens trocadas, 865 faziam referência ao protesto contra a anistia e à crítica à PEC da Blindagem. No 7 de Setembro, esse número havia sido de 724. Termos como “bandidagem” e “corrupção” se tornaram recorrentes, sinalizando uma percepção de que a proposta legislativa aumentaria a impunidade.
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